Por Giovanni Theossi
Em 1991 entrava para o futebol um jovem garoto inglês. Mal sabia ele que se tornaria um ícone da região em que nascera. Tony Hibbert começava a construir uma das mais belas histórias do futebol bretão.
Original do meio de campo, o jovem acabou sendo recuado passando a jogar na lateral direita. Em 2001 Hibbo (como é carinhosamente chamado), estreou pelo Everton e fez três jogos na temporada.
Hibbert, jogador firme na marcação, nunca marcava seu gol. O tempo passou e seu estigma aumentava, 100, 200, 300 jogos, nenhum gol. Em dezembro de 2009 se tornou o jogador com a mais longa sequência de jogos sem marcar.
Mas a força de Hibbo emanava da arquibancada, a torcida vibrava com toda oportunidade que se apresentava ao lateral. Todos esperando o momento de glória. Era comum ver na torcida uma faixa com os seguintes dizeres: “If Hibbert Scores, We Riot” (algo como: Se Hibbert marcar, nós vamos zoar).
Oito de agosto de 2012, o amistoso contra o AEK Atenas era um presente, 10 anos como jogador profissional. O placar já estava 4 a 1 para os Toffees, e uma falta perigosa foi marcada. Para a surpresa de todos Tony pega a bola, cobra, e com um chute furtivo marca seu primeiro gol, 308 jogos para finalmente sentir a emoção correr em suas veias. Em um lapso de insanidade, a torcida invadiu o campo e festejou com o mais carismático dos jogadores.
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